segunda-feira, 13 de dezembro de 2010

A EUROPA NÃO É CRISTÃ. ESSA AGORA!
Não me canso de dizer e repetir, em toda e qualquer circunstância em que isso venha a lume, que uma das maiores alarvidades dos nossos tempos é a recusa em ter colocado, na proposta de uma constituição europeia (vai em minúsculas de propósito), o cristianismo como uma das matrizes da Europa.
É de vómito! De vómito!
Mas a gente que decidiu tal aparvalhada omissão é cega, surda, muda? Não vêm a Sé de Lisboa? Não ouvem Bach? Não tropeçam a cada passo com expressões como God bless you, Mon Dieu!, Per l'amor di Dio, Valha-me nossa Senhora?
Donde é que as alçadas inteligências julgam que saíram as matrizes das revoluções (sim, como a Francesa) que fizeram do nosso mundo um local mais digno para todos os seres? Onde, noutras civilizações, encontram eles estes valores que nos regem da igualdade absoluta e inviolável de cada indivíduo e da sua consciência? Onde estaria a Europa se após a queda do Império Romano o Cristianismo (na altura personificada pela Igreja Católica) não tivesse unido cultural e afectivamente este espaço?
Entendamo-nos. Creio que todas as civilizações têm as suas características e quase todas estas, em princípio, devem ser respeitadas. Não me interessa sequer analisar aqui a pena de morte, a morte à pedrada de mulheres por adultério, a tortura e prisão de dissidentes políticos, as depurações tribais, etc. Há quem pareça acolher tais factos com respeito, por pertencerem a civilizações das quais não devemos achar-nos superiores. Sigo para a frente. O que eu sei é que é por causa do cristianismo - e das evoluções filosóficas que ele permitiu, juntando-se à matriz greco-romana e a outras - que estas coisas não sucedem na Europa. E eu gosto de viver assim! O resto é coisa de trapos - trapalhada!
Recuso-me, pois, a aceitar que me roubem uma das matrizes fundamentais do espaço cultural e social onde estou imerso.
Teremos nós que respeitar estas bestíferas opiniões? É o que faltava!
Eu, pela minha parte, continuo a fazer o mesmo.
Cada vez que alguém me defende que o cristianismo não deve ser mencionado como integrante da matriz europeia, respondo pura e simplesmente: Desculpe lá, mas isso é uma opinião de uma alarmante estupidez. Não a repita, que só lhe fica mal! E recuso-me a discutir sequer o assunto. Mando quem quer que seja ler livros.
Cada vez que estou fora da Europa e a procuro caracterizar a outros falo sempre, obviamente, sublinhando-a, da importância do cristianismo.
Se todos fizéssemos o mesmo, talvez ajudássemos a diminuir os zurros.
Ah, é verdade ... sou ateu!

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